terça-feira, 21 de abril de 2009

Conforto Ambiental, desafio para arquitetos

Sem dúvida, o principal objetivo de qualquer arquiteto é a satisfação plena de seu cliente, antes, durante e após a execução da obra. Quando se trata em proporcionar o máximo de satisfação possível ao usuário, o Conforto Ambiental é tido com um dos principais objetivos da arquitetura. Visando esse objetivo é que arquitetos, engenheiros e construtores estão mudando sua forma de pensar, projetar e construir.
O conceito de Conforto Ambiental em Arquitetura e Urbanismo está ligado à questão básica de se proporcionar aos assentamentos humanos as condições necessárias de habitabilidade, utilizando-se racionalmente os recursos disponíveis. Trata-se de fazer com que o produto arquitetônico corresponda - conceitual e fisicamente - às necessidades e condicionantes do meio ambiente natural, além do social, cultural e econômico de cada sociedade. “O Conforto Ambiental, compreende o estudo das condições térmicas, acústicas, luminosas e energéticas e os fenômenos físicos a elas associados como um dos condicionantes da forma e da organização do espaço”, explica Virgínia Araújo, professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRN, que há 30 anos desenvolve sua trajetória profissional e acadêmica voltada para a área de Conforto Ambiental.
Todo arquiteto deve ser capaz de projetar considerando as especificidades climáticas do loca, a luz natural, o conforto ambiental e a eficiência energética como parâmetros de projeto arquitetônico, enfocando o desenvolvimento bioclimático sustentável. “Conhecer as condições ambientais e visitar o local do projeto são fundamentais para se ter uma noção correta de todas as particularidades como percepção dos ventos, percurso do sol, ruídos acústicos e vegetação, por exemplo. Posteriormente, com as simulações feitas em softwares a partir dos dados obtidos no local, temos como ter uma visão bem próxima da realidade e, assim podemos fazer os ajustes necessários antes que a obra seja executada”, destaca Virgínia Araújo. Segundo a professora, a maior preocupação do arquiteto deve existir na fase inicial do projeto, anterior à execução.
Conforto Ambiental e Eficiência Energética estão intimamente ligados, e se executados de forma correta podem gerar até 70% de economia de energia, sendo assim um dos grandes desafios dos arquitetos. Com o tipo de vidro correto, por exemplo, pode-se controlar a luz e o calor no interior das edificações, gerando assim um conforto térmico e luminoso. Já para o conforto acústico é necessário que os projetos de estrutura, caixilharia, ar condicionado e interiores sejam compatibilizados, otimizando assim o Conforto Ambiental. “Quando planejado na fase de projeto o Conforto Ambiental se torna mais eficiente e mais barato”, enfatiza Virgínia Araújo.
O cliente é uma peça-chave nesse conceito de Conforto Ambiental, pois é dele que deve partir a exigência necessária na hora da execução do projeto. Entretanto, em vários casos, é a expectativa do cliente que induz o arquiteto a executar a obra de forma inadequada, fugindo do padrão ideal da arquitetura. “Muitos clientes utilizam projetos de residência, por exemplo, que são desenvolvidas para o Sul do país e simplesmente pedem um projeto semelhante, esquecendo que aquela região possui características climáticas diferente das do Nordeste do Brasil. A estética, em muitos casos, é mais relevante”, declara a professora e arquiteta.
O envoltório e o entorno das edificações são determinantes do Conforto Ambiental. O desenvolvimento de um projeto deve ultrapassar o método da tentativa e do erro e deve ser capaz de garantir o comportamento necessário e esperado. Um detalhe deve ser destacado: o projeto deve estar adequado ao meio, já que o inverso não é possível.

Matéria publicada na Revista Nataldecor

domingo, 12 de abril de 2009

Mel, um alimento economicamente viável e altamente benéfico


Desde a época da pré-história, o mel é utilizado como forma de alimento. Com o passar do tempo, o homem aprendeu a manejar com as abelhas e montou colméias racionais de forma que houvesse uma maior produção de mel sem que fosse causado prejuízo para as abelhas. Nasceu então a apicultura, que vem se apresentando nos últimos anos como uma importante alternativa econômica para o meio rural do estado do Rio Grande do Norte e ganhando novos adeptos a cada dia em todo o Brasil. Hoje, além do mel, é possível explorar, com a criação racional das abelhas, produtos como: pólen apícola, geléia real, rainhas, polinização, apitoxina e cera. Existem casos de produtores que comercializam enxames e crias.
O mel é um produto 100% natural elaborado pelas abelhas a partir do néctar que elas retiram das flores. O mel escuro tem paladar acentuado, é mais nutritivo, e possui maior taxa de proteínas, aminoácidos e sais minerais que lhe dão a coloração escura. Já o mel mais claro apresenta paladar suave e menos sais minerais. A utilização do mel na nutrição humana não deveria limitar-se apenas a sua característica adoçante, como excelente substituto do açúcar, mas principalmente por ser um alimento de alta qualidade. O mel é uma excelente fonte de energia, contém princípios ativos que promovem o crescimento e melhoram a vitalidade corporal, auxilia no controle de doenças cardiovasculares, no funcionamento do coração, protege o cérebro, o fígado, é muito eficaz no tratamento de problemas respiratórios e pulmonares, é antioxidante, enfim possui benefícios são inúmeros.
Tais benefícios podem ser claramente percebidos na economia também. Nos últimos anos tem crescido bastante a comercialização do mel em todo o país. Isso se deve ao aumento do consumo propiciado graças ao aumento da qualidade de vida das pessoas, que têm buscado cada vez mais produtos naturais para o seu dia-a-dia e ao aumento da exportação.
O Rio Grande do Norte tem despontado como grande estado produtor de mel. São várias regiões produtoras, espalhadas por todo o estado. “Nosso estado possui uma ótima produção. Para se ter uma idéia, somente na Chapada do Apodi, nós produzimos 400 toneladas de mel anualmente”, explica Fátima Torres, presidente da COOPAPI – Cooperativa Potiguar de Apicultura e Desenvolvimento Rural Sustentável do RN, que atualmente conta com 160 famílias envolvidas no processo de produção de mel.
Grande parte de toda produção é voltada para o mercado externo. Os Estado Unidos e a União Européia são os maiores compradores do mel potiguar. “Praticamente toda nossa produção é exportada. Devido ao embargo imposto pela União Européia, estávamos exportando com um preço abaixo do mercado, porém para 2009, com o fim do embargo, nossa expectativa é que nosso faturamento se eleve consideravelmente”, destaca Fátima. Ela ainda acrescenta que esse ano, o grande desafio será para os produtores se adequarem à nova legislação do Ministério da Agricultura. “Nós teremos que rastrear todos os apiários, região onde o mel é produzido pelas abelhas”, enfatiza a presidente da COOPAPI.
O SEBRAE/RN também tem desenvolvido importantes projetos no setor de apicultura. Ações vêm sendo ampliadas junto à cadeia produtiva do mel, objetivando fortalecer a cultura da cooperação e promover a melhoria dos produtos, buscando a qualidade e a produtividade dos mesmos, além da inovação através de outros produtos da colméia.
Diante de tantos benefícios, o mel deixa de ser um simples produto de substituição de açúcar para ser um alimento altamente nutritivo, portanto os supermercadistas não podem deixar de oferecê-lo para seus clientes. Mel, geléia, cera de abelha, própolis são produtos de alta qualidade e os consumidores estão cada dia mais conscientes de que levar uma vida saudável é imprescindível.

Matéria publicada na Revista Mix

sábado, 4 de abril de 2009

É hora de estudar!

Após um período de férias, festas e descanso, o ano de fato começa. Para alguns é a hora de começar aquele curso que se programa há muito tempo e para outros a hora é de retomar algo que ficou inacabado. O importante é que agora é o momento de reaver ou iniciar os estudos que irão levar à melhor formação profissional, da qual depende o futuro de cada um no mercado de trabalho.
Para algumas pessoas estudar significa apenas estar matriculado em alguma instituição de ensino, entretanto não é assim que se consegue o melhor aproveitamento dos estudos. Estudar é muito mais que isso, é aprender uma série de conhecimentos, exercitar a inteligência, a memória, a vontade, a capacidade de análise, de síntese, de relacionamento, enfim é dedicação plena para se atingir objetivos.
O estudo é verdadeiramente importante. Ao estudarmos, melhoramos o nosso desempenho na vida como um todo. O estudo, que sempre foi uma atividade presente na vida de todos, passa a ter na nossa sociedade seu valor redobrado devido à seletividade cada vez maior e à facilidade de acesso às novas informações, não sendo mais possível abrir mão de novas aprendizagens. “O curso de idiomas tem sido cada vez mais importante na nossa formação profissional. Temos que estar atentos às exigências do mercado de trabalho”, declara Ana Maria Lins, iniciante no curso de inglês.
Graduação, especialização, mestrado, doutorado, cursos de idiomas e de informática, são apenas algumas das possibilidades mais comuns e procuradas por estudantes em início de carreira ou profissionais em busca de maior qualificação. De acordo com a professora de ensino superior Luciane Taramelli, para alcançar sucesso nos estudos são necessárias três coisas: poder, querer e saber estudar. “’Poder’ estudar é ter inteligência normal e suficiente para fazê-la. ‘Querer’ estudar é ter o desejo e a determinação para adquirir conhecimentos. O ‘saber’ estudar é o terceiro fator importante para alcançar bons resultados nos estudos. É preciso aprender de verdade”, declara Luciane.
É comprovado que 86% das pessoas com algum tipo de qualificação extra, conseguem ter êxito em suas carreiras profissionais. Para ser bem-sucedido é necessário planejamento, disciplina, autoconhecimento e estar atento às mudanças de mercado. Quando sabe-se o que se quer, o ser humano consegue caminhar com maior rapidez e consistência rumo ao seu objetivo com maiores chances de êxito.
Esperar que os fatos simplesmente aconteçam não é a forma mais apropriada para o estudante ou para o profissional que quer crescer. Estudar e se aprimorar são fatores fundamentais e condicionantes para se destacar no mercado de trabalho. Sem dúvida, nunca é tarde para começar ou recomeçar, entretanto o quanto antes nos dedicarmos aos estudos e ao aprimoramento profissional, seremos recompensados não só profissionalmente, como pessoalmente também. É hora de estudar!

Matéria publicada na Revista Profissionais & Negócios