sábado, 28 de março de 2009

Acessibilidade, caminho para todos


Formada em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Maria Bernardete Lula é considerada uma das arquitetas mais empenhadas quando se fala em acessibilidade. Com 27 anos de carreira, começou a trabalhar com acessibilidade em 2002, e desde 2004, quando passou a vigorar no Brasil o decreto nº 5.296 que regulamente as leis da acessibilidade, intensificou ainda mais seu trabalho para o desenvolvimento de ambientes acessíveis.
Acessibilidade significa ampliar as condições de acesso no ambiente construído ou em construção através de mecanismos que proporcionem a todos os cidadãos idosos, portadores de deficiência ou capacidade física, sensorial ou mental diminuída, o acesso universal aos equipamentos urbanos, instalações residenciais, comerciais e institucionais, como forma de promoção da assistência social, da educação e do desenvolvimento econômico e social e combate à exclusão social no ambiente construído, a fim de contribuir para a ampliação das alternativas de inserção socio-econômica e integração dos indivíduos na plena cidadania. “É sinônimo de liberdade e igualdade”, opina Maria Bernardete.
Natal é uma cidade privilegiada, possui a primeira legislação de acessibilidade da América Latina e tem forte atuação em acessibilidade, servindo como referência a nível nacional. A partir de 2004, quando a legislação se intensificou, houve grandes avanços. Isso se deve também a grande aceitação e colaboração da sociedade. “Atualmente, as pessoas denunciam os ambientes inadequados e têm respeitado, por exemplo, as vagas preferenciais”, explica a arquiteta.
Tornar os ambientes internos e externos totalmente acessíveis ainda é um sonho para grande parte dos arquitetos e também da população. Existe hoje uma grande preocupação em se fazer projetos universais que atendam aos anseios do cliente, sem esquecer das pessoas que vão utilizar aquele ambiente. “Ainda é uma busca, os profissionais precisam assimilar os conceitos e incorporar o espírito da acessibilidade”, afirma Mª Bernardete. Segundo ela, o ideal é que exista uma parceria entre arquitetos – que devem planejar obras plenamente acessíveis – e engenheiros – que devem ser responsáveis para que as obras sejam executadas como no projeto.
Um ambiente completo, onde todas as pessoas possam andar livremente, é um ambiente acessível. “Acessibilidade é muito mais que um banheiro amplo, ou uma rampa. Esses são apenas ícones da acessibilidade”, declara Bernardete. Não produzir ambientes inacessíveis é dever de todos. Ao se pensar em um novo projeto de construção ou numa simples reforma, deve-se contratar um arquiteto consciente e preocupado com a questão da acessibilidade, para evitar que no futuro os problemas de inacessibilidade venham à tona e tenham que ser feitas obras de reparação gerando despesas desnecessárias e transtornos. Segundo pesquisas, uma obra completamente acessível fica em torno de 3% mais cara que uma convencional, enquanto que para adequar uma obra executada de forma inadequada esse custa se eleva para 25%.
Quando falamos no ambiente público, a acessibilidade pode ser inserida na sustentabilidade de uma cidade. Todos os assuntos relacionados com o planejamento da cidade estão interligados. Uma das grandes lutas atualmente é resgatar o passeio público para os cidadãos; eliminar barreiras como calçadas desniveladas, ruas esburacadas ou ausência de rampas. “É um longo processo, cujo objetivo principal é melhorar a qualidade de vida da população”, enfatiza Maria Bernardete.
O objetivo da acessibilidade é permitir um ganho de autonomia e de mobilidade a uma gama maior de pessoas, para que usufruam dos espaços com maior segurança, confiança e comodidade. “Os arquitetos e engenheiros têm que absorver a acessibilidade como algo muito sério e universal. É o comprometimento com a causa”, finaliza Maria Bernardete.


Matéria publicada na Revista Nataldecor

segunda-feira, 23 de março de 2009

Trabalhe com amor

Fazer o que gosta ou gostar do que se faz como forma de trabalho é um dos maiores objetivos de qualquer pessoa. Entretanto, atualmente, é comum encontrar profissionais insatisfeitos com seus trabalhos ou com sua carreira e que não se dedicam efetivamente aos seus afazeres, desenvolvendo seu melhor, trabalhando com amor. “Trabalhar com amor é está apaixonado pelo que faz, é gostar do que se está fazendo. É ter vontade de ir trabalhar e nunca ir apenas por obrigação. Como diz Jack Welch, em seu livro ‘Paixão por Vencer’, as melhores pessoas para uma determinada função são aquelas que têm “4E” (Energia positiva, Energização, Estofo e Execução) e “1P” (Paixão)”, declara o assistente comercial da ALECRED (braço de produtos e serviços financeiros da ALE), Wesley Leite.
O fato é que esse conceito de trabalhar fazendo o que gosta e conseqüentemente se dedicar ao que se faz, é relativamente novo. Até meados da década de 80, o trabalho era visto como uma forma de ganhar dinheiro apenas. Muitos dos profissionais que estão hoje no mercado, escolheram suas carreiras pensando nas possibilidades de ganhar mais financeiramente. “Somente nos últimos anos as pessoas começaram a ter uma preocupação maior com suas carreiras e verdadeiros interesses profissionais”, declara a psicóloga Rosângela Casseano.
É claro que fazer o que gosta é o ideal de todos os profissionais, entretanto nem sempre isso é possível e quando isso não acontece deve-se ter maturidade suficiente para entender que aprender a gostar do que se faz e se dedicar a isso, é bem melhor que passar a vida reclamando. “Viver a vida toda em busca do ‘fazer o que gosta’ pode nos desviar do prazer de ‘gostar do que fazemos’”, enfatiza Luiz Marins, professor, consultor empresarial e autor de diversos livros. Quando aprendermos a gostar do que fazemos, faremos nosso trabalho com muito mais amor e dedicação.
Em alguns casos, as empresas têm grande parcela de culpa nessa insatisfação do profissional e, conseqüentemente, na ausência de dedicação por parte deste com seu trabalho. Algumas empresas não dão oportunidades para os profissionais crescerem ou mostrarem suas habilidades e nem oferecem ferramentas para que estes desenvolvam suas funções da melhor forma possível. Tudo bem que 100% de funcionários satisfeitos é ilusão, porém totalidade de insatisfação é sinal de que algo está no caminho errado. “A empresa tem um papel fundamental nesse processo de dedicação. Onde trabalho, a empresa oferece toda uma estrutura aos seus funcionários e faz anualmente um programa de feedback onde os melhores são premiados e ainda oferece possibilidades reais de crescimento”, ressalta Wesley Leite. Para se ter satisfação, o funcionário precisa entender quais os resultados de sua tarefa para a empresa. Dar metas é muito fácil, entretanto promover o feedback, etapa muito importante para o colaborador sentir-se reconhecido, valorizado e, portanto, satisfeito, é fundamental.
Emoções e desafios no trabalho, oportunidade de aprendizado e crescimento profissional, equipe de pessoas formidáveis, boa remuneração e excelente chefe, são apontados como as principais razões pelo qual as pessoas permanecem em seus empregos. De acordo com as autoras do livro “Eu amo meu trabalho – Como fazer isso ser verdade”, o amor ao trabalho ajuda os profissionais a ter mais energia, criatividade e comprometimento. “Ficamos ansiosos por encontrar nossos colegas e desfrutar do ambiente saudável e da sabedoria do chefe, em suma, gostamos do pacote todo. Não ficamos negociando cinco minutinhos a mais de sono com o relógio pela manhã, pois sentimos que produzimos algo importante, com o qual estamos altamente comprometidos", garantem as autoras em um dos trechos do livro.
Sem dúvida quando fazemos o que gostamos ou gostamos do que fazemos, o empenho no trabalho é muito maior, e conseqüentemente trabalhamos com muito mais amor, dessa forma as possibilidades de crescimento profissional são consideravelmente maiores. “Se eu não trabalhasse com amor acredito que não teria conseguido três promoções em menos de três anos na empresa. Quando não se trabalha com amor dificilmente conseguimos atingir as metas, alcançar os alvos, e é isso que a empresa espera de você. Essa paixão pelo trabalho também é demonstrada quando nos envolvemos nos projetos sociais que a empresa desenvolve. Sem dúvida, trabalhar com amor é fundamental”, finaliza o analista comercial.

Matéria publicada na Revista Profissionais & Negócios

terça-feira, 17 de março de 2009

Coco, rica fruta


Muito comum nas areias das praias, o coco é uma das frutas preferidas do verão. Rico em nutrientes, sais minerais e fibras, o coco, além de ser uma ótima fruta para matar a sede e se refrescar, é um excelente aliado pra sua saúde. Não é à toa que o consumo de coco e seus derivados vêm crescendo a passos largos no Brasil.
A cultura do coqueiro ou cocoicultura, típica de clima tropical, é desenvolvida em aproximadamente 90 países. Os maiores produtores mundiais são: Filipinas, Indonésia e Índia. No Brasil, a cultura do coqueiro chegou possivelmente junto com a colonização portuguesa em 1553, no Nordeste do país. A cultura se adaptou bem no litoral brasileiro e atualmente, o Brasil possui em torno de 260 mil hectares implantados com a cultura do coqueiro, em quase todos os estados da federação.
O mercado do coco verde tem crescido muito nos últimos anos. Esse crescimento se dá devido ao aumento do consumo da água de coco in natura e ao crescimento das indústrias de envasamento que vêm disponibilizando o produto vigorosamente no varejo, principalmente, nos supermercados, restaurantes e lanchonetes. “A produção do Rio Grande do Norte é, em sua maioria, para o consumo interno. O estado chega a comprar coco de outros estados do país para suprir suas necessidades. No RN, a maioria da produção é utilizada para extravio da água, produção de coco desidratado e envasamento”, explica Thiago Fernandes, produtor de cocos na região agreste do RN.
O objetivo da industrialização da água de coco é a obtenção de um produto que preserve ao máximo as suas características naturais, estendendo sua vida útil e facilitando o seu consumo fora das regiões de plantio. A água de coco concorre com o mercado de refrigerantes e bebidas isotônicas, representando aproximadamente 1,4% desse consumo, estimado em mais de 10 bilhões de litros por ano.
Todo esse crescimento tem uma explicação plausível, os benefícios do coco são consideráveis. A sua água, que corresponde a aproximadamente 25% do fruto, é uma bebida diurética, com poucas calorias, rica em nutrientes, livre de gorduras e com uma grande quantidade de sais minerais e vitaminas. A polpa do coco também traz benefícios ao organismo, pois possui alto teor de fibras, o que auxilia no bom funcionamento do intestino. Já as cascas e fibras do coco, atualmente são reaproveitadas e utilizadas, por exemplo, na produção de artesanato, de vasos de plantas e como insumos para a indústria de polímeros. “No Nordeste, utiliza-se bastante a palha do coco em fornos de casa de farinha, por exemplo. Tudo de forma ecologicamente correta”, conta Thiago Fernandes.
A riqueza do coco é notória tanto em termos alimentícios quanto mercadológicos. A industrialização da água do coco verde tem se mostrado uma atividade bastante promissora e não podemos esquecer dos inúmeros derivados da fruta: óleo de coco, leite de coco, coco desidratado ralado, uma variedade de produtos encontrados nas prateleiras dos supermercados. Sem dúvida, o coco é uma fruta que tem tudo para crescer ainda mais e ficar cada dia mais fortalecida. “A exemplo de anos anteriores, a expectativa é que o consumo continue se elevando, tendendo ao aumento da produção”, finaliza Thiago.



Matéria publicada na Revista Mix

sexta-feira, 13 de março de 2009

Água mineral do RN, fonte de qualidade e crescimento


O estado do Rio Grande do Norte é rico em diversos ramos de mercado, o da água mineral é um deles. Atualmente, são 14 empresas atuantes no mercado, com a perspectiva de crescimento em mais três empresas para o ano de 2009. De acordo com o Código de Águas do Brasil são consideradas águas minerais naturais aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuam composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa.
De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Brasil possui um grande potencial de água mineral a ser ainda explorado, e o Rio Grande do Norte é destaque por possuir uma qualidade em água mineral muito boa, atraindo investidores interessados em explorar o mercado. “A cada ano cresce a quantidade de envasadores no estado, e para 2009 há possibilidade de acréscimo em mais três empresas do setor de água mineral. O mercado está cada vez mais competitivo”, declara Roberto Serquiz, presidente do Sindicato das Indústrias de Cerveja, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas do RN – SINCRAMIRN.
O mercado de água mineral está em crescimento, possui oferta e qualidade, porém os empresários e os consumidores não podem deixar de estar atentos com a qualidade da água comercializada, por isso, a fiscalização é rigorosa e constante. “O mercado de água mineral é muito competitivo, estamos sempre buscando um diferencial para atrair consumidores, sem esquecer do controle de qualidade, é ele quem mantém as empresas no mercado”, enfatizou Serquiz. Atualmente, a maior quantidade de fontes encontra-se situada nos municípios de Macaíba e Parnamirim e a principal forma de comercialização da água mineral é em garrafões de 20 litros.
De acordo com a Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária – SUVISA – a água mineral produzida, envasada e consumida em Natal e região é de boa qualidade e atende às normas especificadas pela Agência de Vigilância Sanitária, a ANVISA. A própria SUVISA realiza análise detalhada no que se refere a rotulagem, envase e consumo do produto a cada 3 meses.
Porém, um ponto que ainda causa dor de cabeça nos empresários do setor é com relação ao transporte e armazenamento da água mineral, pois enquanto na indústria o controle de qualidade é rígido, alguns distribuidores não têm o mesmo cuidado e podem colocar todo o trabalho realizado na indústria a perder. Os produtos ainda são armazenados de forma errônea, o que pode vir a contaminar a água. Para evitar que isso ocorra, é necessário que os comerciantes em geral, se conscientizem para os riscos do transporte e do armazenamento inadequado. A água mineral só pode ser comercializada em locais que vendem gêneros alimentícios, e no que se refere ao transporte, o garrafão de água mineral não pode ser transportado junto com produtos tóxicos, e o veículo transportador deve ser coberto e com proteção lateral impermeável para evitar a contaminação.
O sindicato tem sido fundamental na preservação de um ambiente competitivo ético e de qualidade, buscando agregar os empresários em torno de soluções comuns. “Nesse sentido, desde 2004 vem sendo implementado ações estruturantes e estratégicas, sempre contemplando a implantação de programas de qualidade, capacitações, pesquisa de mercado, estudo bibliográfico, campanhas de marketing, campanhas educativas, estudo de proteção ambiental, seminários, enfim, existe todo um planejamento sendo executado”, declara Roberto Serquiz. O SINCRAMIRN vem trabalhando o espírito associativista como forma de buscar fortalecer as ações coletivas em benefício comum.
Apesar de ser uma economia sazonal, visto que se eleva bastante entre os meses de Dezembro a Abril e consequentemente cai nos períodos chuvosos, o mercado de água mineral é considerado de grande potencial de crescimento, pois a água é, sem dúvida, o mais comum e mais importante de todos os compostos. Graças às propriedades da água, a vida foi capaz de surgir e se desenvolver em nosso planeta.

Matéria publicada na Revista Mix

segunda-feira, 9 de março de 2009

Marketing de Relacionamento

O mundo globalizado passa por intensas transformações diárias. Cada dia surgem novas oportunidades de negócios e junto com elas, novos concorrentes e uma concorrência cada vez mais acirrada. Para crescer e ter sucesso é preciso focar-se em estratégias. O marketing de relacionamento é uma delas.
Antigamente, quando se criava uma nova empresa, a grande preocupação era a de divulgação da marca para a maior quantidade de pessoas possíveis. Tornar-se conhecido por mais e mais pessoas era o ideal. Se essas pessoas iam se fidelizar à sua marca, era um detalhe quase sempre deixado de lado, afinal de contas, quanto mais gente conhecesse sua empresa, melhor. Hoje, com um cenário dinâmico, a situação é diferente e as preocupações vão muito além da simples propaganda.
Com o tempo, foi-se verificando que apenas conquistar novos consumidores não era o suficiente. Viu-se a necessidade de acompanhar esse consumidor também no pós-venda. Os clientes estão cada dia mais exigentes e esperam que seus fornecedores possam continuar lhes oferecendo um atendimento de qualidade, mesmo após o processo de aquisição. E é justamente nesse ponto que o marketing de relacionamento atua. O marketing de relacionamento é uma atividade que visa unir a satisfação do cliente com a fidelidade a uma determinada empresa.
Com o marketing de relacionamento, primeiramente se investirá no cliente já conquistado, tentando solidificar a relação do consumidor com a empresa. A manutenção do cliente para a empresa é extremamente importante. Esse tipo de marketing apóia-se em conhecer a fundo as necessidades, expectativas e demandas de seus consumidores, como forma de buscar proporcionar sempre o melhor para estes. É uma espécie de trabalho mais humanizado, personalizado para a clientela já existente. É recomendável criar ações que permitam que o consumidor perceba o quanto é especial. O cliente satisfeito compra mais, é mais barato de manter e ainda indica potenciais consumidores para a empresa. Não se pode esquecer que a melhor propaganda é a espontânea.
“O marketing de relacionamento tem um papel fundamental no sucesso da empresa. Clientes satisfeitos são fiéis compradores de seus produtos e o mais importante, são fiéis defensores da empresa que os agrada, propagando aos amigos e colegas o quanto se sentem satisfeitos com ela. Porém, a recíproca também é verdadeira, em casos opostos o cliente acaba naturalmente externando a sua insatisfação e a repercussão negativa tem efeitos devastadores sobre a imagem da empresa”, ressalta Márcio Leal, Gerente de Marketing.
No marketing de relacionamento, as organizações estabelecem e mantêm relacionamentos de longo prazo, mutuamente benéficos entre seus clientes, empregados e outros grupos de interesse. Isso envolve a compreensão, a concentração e a administração de uma contínua colaboração entre todos os envolvidos no processo. É uma estratégia de longo prazo extremamente importante e necessária.

Matéria publicada na Revista Profissionais & Negócios

quinta-feira, 5 de março de 2009

Como enfrentar a crise?

Quando se fala em crise, o espanto é geral. Mas você sabe o que significa crise? Segundo o dicionário da língua portuguesa, crise é uma fase difícil, grave, na evolução das coisas; colapso; ponto de transição entre uma fase de prosperidade e outra de depressão, ou vice-versa. E como devemos enfrentar a crise?
A crise pega de surpresa os que não se preparam para um momento assim e os que não raciocinam de forma adequada. Àqueles que buscaram se solidificar antes da fase difícil, montando equipes de ponta, buscando não desperdiçar e investindo no seu negócio com treinamentos para funcionários, acordos comerciais, e foco no cliente, estes sim se sobressaem.
Atualmente, quando as empresas ouvem falar de crise já começam cortando custos, demitindo funcionários, extinguindo treinamentos, propagandas – justo no momento em que mais se precisará delas – enfim, uma soma de atitudes errôneas. Em momentos de crise, os gestores têm que ter ponderação, bom senso, prudência e visão de futuro.
As empresas devem focar os cortes em ações significativas, atacando desperdícios e despesas supérfluas, cuidando com atenção do setor financeiro. Pode-se diminuir os treinamentos e programas de qualidade de vida, mas não se deve eliminá-los. Investir forte em publicidade também é necessário; durante a crise o cliente precisa lembrar que sua marca existe. Manter uma equipe unida e motivada é essencial para o perfeito andamento do negócio, principalmente em períodos difíceis. Nada de demitir por demitir.
A crise vez por outra sempre aparecerá. Mas não se deve deixar abalar facilmente. Manter a tranquilidade da alma e da mente são fundamentais nesse processo. Lembre-se, despesa e investimento são coisas diferentes. Tente achar nos momentos difíceis as oportunidades ocultas, para que no pós-crise seu negócio saia na frente e seu crescimento seja superior aos concorrentes.

Matéria publicada na Revista Profissionais & Negócios